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A importância do voluntariado no Hospital de Amor

6/12/24

A 8ª edição do Cuidando de Quem Cuida, trouxe um assunto especial: o voluntariado.

“As coisas acontecem e não são por acaso”, foi a primeira frase que o idealizador do Palhaço Bola, Omar Hennemann (68), disse ao começar a entrevista com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata.

A história do Omar com o voluntariado começou durante a pandemia, em março de 2020. Com medo de falecer, devido as comorbidades alarmantes da COVID-19, ele começou a ter crises de ansiedade e pensar em diversos assuntos pessoais. Para cuidar da sua saúde mental, Omar e sua esposa, Lurdes, realizavam meditações e faziam acompanhamento psicológico.

Um dia, assistindo ao programa do presidente do HA, ‘Acima de Tudo o Amor’, uma entrevista com dois palhaços chamou a sua atenção. No episódio, Henrique e os convidados falavam sobre a importância do riso no ambiente hospitalar.

Conforme ele foi assistindo e percebendo a importância do trabalho do Hospital de Amor e do tratamento oferecido aos pacientes, ele percebeu que queria ser voluntário, além disso, queria voluntariar no Hospital de Amor, em vista que já era aposentado.

“Trabalhar com palhaçaria não tinha sido uma hipótese, até aquele momento. Assistindo ao programa, o Henrique Prata me inspirou a ajudar o próximo”, destaca o voluntário ao ser questionado sobre esse novo desejo. Ele ainda complementou dizendo: “eu acredito que todos podem ajudar, mesmo não sendo profissionais de saúde”.

 

 

Em 2029, Omar Hennemann começou a estudar palhaçaria e colocar em prática o amor e o voluntariado, de uma forma mais intensa. Em 2022, ele estreou com o Palhaço Bola e, por ser palestrante há mais de 25 anos, não teve dificuldades em se comunicar com as pessoas.

A experiência da palhaçaria também contribuiu positivamente com as outras atividades de Omar. Como palestrante, Hennemann foi construindo um novo material e, pela experiência do palhaço bola, foi adicionando conteúdos inéditos. Hennemann também destaca que a sua inspiração é o Henrique Prata, pois, de acordo com o voluntário, foi ele quem o provocou e o fez dar o pontapé inicial para esta história ser escrita.

Pessoalmente, ele melhorou alguns pontos pessoais que precisavam de ressignificação. Para isso, ele definiu um novo propósito de vida, que passou a ser: provocar as pessoas a encontrarem o seu propósito; promover alegria para que as pessoas amenizem a sua dificuldade, o seu sofrimento e a sua ansiedade.

Para conseguir realizar o seu trabalho com maestria, Omar Hennemann continuou cuidando da sua saúde mental – que estava abalada devido a pandemia da COVID-19 – e fortaleceu a sua espiritualidade. A unidade do Hospital de Amor em Palmas (TO) também contribuiu com a melhora da sua saúde, pois, a unidade fez com que ele achasse um sentido na vida. Para reafirmar esta experiência, ele relata que não precisava de mais nada, apenas colocar em prática o amor. “Tudo o que eu já fiz na minha vida é menor do que ser palhaço voluntário no Hospital de Amor. Preencheu o meu coração”, afirma o idealizador do palhaço bola.

A experiência não foi positiva apenas para a saúde mental e para a busca de novos propósitos, ela também contribuiu para que Omar fosse mais seletivo em seus relacionamentos, como, por exemplo, se aproximar de amigos que tinham o mesmo propósito que o dele. Como fruto deste trabalho, Hennemann escreveu o seu primeiro livro infantil, intitulado como “Doutor Bola e os Heróis da Alegria”, que será lançado em breve.

Hoje, em 2024, Omar Hennemann recebeu um convite do presidente da instituição, Henrique Prata, para conversar com os colaboradores do Hospital de Amor, na oitava edição do Cuidando de Quem Cuida – projeto que visa reconhecer e valorizar o compromisso dos colaboradores na assistência a pacientes oncológicos, refletindo os valores humanizados da instituição, priorizando o bem-estar e o cuidado tanto dos colaboradores quanto dos pacientes.

 

 

Palestrante há mais de 25 anos, Hennemann conversou com os colaboradores sobre os seguintes pontos:

  • Os propósitos e o sentido da vida – que, na sua visão, precisam estar conectados com a visão do Hospital de Amor;
  • A importância de ressignificar o conhecimento e se abrir para novas trocas de experiências;
  • A necessidade de cuidar da saúde física e mental;
  • A relevância do voluntariado e os seus impactos.

Hennemann também teve a oportunidade de visitar a unidade infantojuvenil do HA. Durante o bate-papo, o idealizador do Palhaço Bola, disse como se sentiu: “durante a visita, eu percebi como o tratamento no hospital é oferecido: com amor, humanização, respeito e carinho. Eu não tinha noção da grandiosidade desta obra social e de quantas vidas são salvas no Hospital de Amor”. Ele também destacou a importância do trabalho dos Palhaços da Alegria do Instituto Sociocultural, alegando que é possível evoluir ainda mais, contribuindo com a instituição. […] Arrancar o sorriso de uma criança que está em tratamento oncológico, o palhaço resgatar isso, é algo inexplicável. É impossível não se emocionar e não abraçar cada vez mais esta causa tão linda do HA e do voluntariado, porque o voluntariado nada mais é do que colocar o amor em prática”.

O evento reuniu mais de 500 colaboradores e foi viabilizado por meio do Lei Rouanet – PRONAC.