Notícias

A 9ª edição do Cuidando de Quem Cuida, voltada aos líderes do HA, englobou o projeto institucional ‘Arte de Liderar’

20/12/24

A 9ª e última edição do Cuidando de Quem Cuida de 2024 não deixou de ser especial. Neste ano, o projeto também englobou os treinamentos internos para os líderes do Hospital de Amor, com o ‘Arte de Liderar’.

Melissa Maria, docente do Senac Barretos.

O Instituto Sociocultural do Hospital de Amor, em parceria com o Senac Barretos, reuniu dois docentes – Melissa Maria e Fabrini Cadete – para falarem sobre cultura organizacional, liderança resiliente e boas práticas de feedback com os colaboradores da instituição.

Ser líder não é uma tarefa fácil e, muitas vezes, é um lugar desconfortável. Por isso, é importante criar meios e alinhar estratégias para que esta missão fique mais fácil, afinal, o papel da liderança é guiar outras pessoas para um caminho profissional melhor, sabendo respeitar a individualidade de cada um.

Para isso é importante ter autoconhecimento, pois, este processo auxilia na tomada de decisão, na gestão emocional, na resiliência, no desenvolvimento da empatia e no estilo de liderança mais autêntico.

Dividido em três ciclos de palestra, os colaboradores realizaram um teste desenvolvido por um psicólogo americano em 1920, chamado DISC, no qual, avalia o comportamento humano e classifica os indivíduos em quatro perfis principais: executor, influenciador, planejador e analítico. O objetivo do teste é avaliar os contextos de desenvolvimento pessoal, liderança e análise de equipes.

O primeiro encontro com os educadores da unidade Senac Barretos foi focado na Cultura Organizacional baseado no Amor e Humanização. Durante a palestra, Melissa Maria e Fabrini Cadete destacaram a importância de saber lidar com as pessoas e debateram sobre as facilidades de aprender habilidades técnicas e as dificuldades de lidar com as habilidades comportamentais, em vista que cada pessoa é única e tem a sua individualidade.

Fabrini Cadete, docente do Senac Barretos.

No segundo encontro, Fabrini e Melissa trabalharam temas que são correlacionados a vida profissional, sendo eles: missão, visão e valores do Hospital de Amor; humanização; crenças; padrões e hábitos. Ao falar sobre esses tópicos, eles enalteceram a necessidade da empatia na construção dos feedbacks positivos para os seus liderados.

Apesar dos treinamentos e das atividades complementares para trabalhar o autoconhecimento, adversidades acontecem o tempo todo. Para lidar com essas situações, os profissionais precisam ter resiliência, definido como: a junção de flexibilidade, adaptabilidade e aprendizado.

Ao falar sobre isso, Melissa trouxe um exemplo para o grupo e, juntos, trabalharam para achar soluções do ‘possível problema’, para assim, entenderem o exemplo de resiliência na liderança.

Mas, como podemos definir um problema? De acordo com a palestrante, Melissa Maria, “todo problema tem uma solução, se não tem, é porque ele é um fato”. Usando essa estratégia, os colaboradores conseguiram identificar melhor em quais interferências é necessário uma reunião de intercorrência.

Além disso, Melissa também falou sobre a importância de cuidar da saúde emocional e mental para manter a flexibilidade. Para contribuir ainda mais, eles estudaram o método Jin Shin Jyutsu, uma prática japonesa de harmonização da energia vital do corpo. Outras atividades de autocuidado também foram citadas, como: atenção plena, pausas regulares e ferramentas que podem auxiliar o profissional.

Além da resiliência é necessário saber se comunicar com a equipe. Qual a importância da comunicação empática e do acolhimento com os colaboradores? Para falar sobre isso, Melissa e Fabrini trouxeram técnicas de boas práticas de feedback, assunto que marcou o último encontro.

Estar aberto a ouvir o feedback – sendo positivo ou negativo – é importante para um melhor desenvolvimento profissional. Além disso, essa atividade também pode auxiliar na construção da relação entre líder e liderado, alinhar as expectativas e reconhecer esforços.

Apesar de ser algo comum, existem maneiras de conversar com o colaborador. Para dar o feedback de maneira construtiva e assertiva, é necessário listar os pontos positivos e negativos para que não cause medo ou apreensão ao liderado. Além disso, é importante saber qual tipo de feedback você quer dar ao seu colaborador. Os mais comuns são:

  • Feedback corretivo: focado em corrigir um comportamento específico que impacta negativamente a equipe ou o ambiente de trabalho;
  • Feedback positivo: destaca atitudes e comportamentos que estão alinhados com a cultura organizacional e os objetivos da instituição;
  • Feedback de desenvolvimento: voltado ao crescimento e aprendizado do colaborador, destacando áreas em que ele pode melhorar.

Atualmente, há diversas ferramentas e técnicas que são eficazes para um feedback empático, entre elas: Teoria U – Transformando conflitos em conversas construtivas; Comunicação não violenta; Técnica SBI – Situação, Comportamento, Impacto; Escuta ativa; e Técnica do feedback bidirecional.

Quando essa prática não é esperada ou trabalhada, inicialmente pode causar um impacto negativo na equipe. Para que isso seja evitado, é necessário desmistificar o feedback, pois, quando é bem conduzido e humanizado, ele deixa de ser temido. Para isso, Melissa e Fabrini aconselharam os líderes a adotarem uma abordagem humanizada, na qual, reconhecem as conquistas; criem um espaço de diálogo; promovam o feedback contínuo e eduquem sobre a sua finalidade.

Implementando uma abordagem de feedback contínuo e empático, os líderes conseguem promover o crescimento profissional e pessoal dos seus colaboradores, fortalecendo a coesão da equipe e melhorando o ambiente de trabalho.

Outra prática para alinhar as expectativas do departamento e deixar todos cientes das atividades, são as reuniões de check-in, que podem acontecer diariamente ou semanalmente, dependendo do departamento e das suas urgências.

Com as dinâmicas durante os encontros, de forma sutil, os líderes compartilharam as suas experiências com os liderados durante o dia a dia e, juntos, se aconselharam e trouxeram perspectivas pessoais que os ajudam a lidar com essas informações de uma forma mais saudável.

O evento, que foi destinado aos líderes do Hospital de Amor, aconteceu em três encontros e reuniu mais de 70 profissionais.